terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Lago Titicaca e suas atrações.


 Depois de uma bela entrada de ano em 2016 no Salar de Uyuni, nossa rota agora era rumar em direção ao Lago Titicaca, considerado o lago navegável mais alto do mundo.


É claro que não poderíamos sair de Uyuni sem nos despedirmos do saboroso churrasco de llama servido em restaurante onde os moradores de Uyuni frequentam. Para variar, estava uma delícia.

Saímos no dia 02/01/2016 em direção ao Lago Titicaca, onde ficaríamos em Copacabana. Estrada de asfalto quase toda terminada entre Uyuni e Oruro, que seria inaugurada por ocasião do Rally Dakar pelo Presidente Evo Morales. Depois de Oruro, uma via muito boa, leva até La Paz, que decidimos desviar pois não gostamos muito de cidade grande.

A viagem transcorreu bem até na região metropolitana de La Paz. Chegando lá o trânsito ficou horrível, engarrafado, muita gente na estrada. Passamos um sufoco, mas logo chegamos na travessia de balsa para acessar Copacabana sem ter que ir pelo Peru (Desaguadero), senão teríamos que fazer duas travessias de fronteira: de saída da Bolívia para entrada ao Peru e saída do Peru e entrada para a Bolívia novamente.

O sistema de travessia de balsa é muito precário, além de uma desordem total. O embarque até que é rápido, mas o desembargue é uma confusão! Para atracar os balseiros vão no grito, no "empurra-empurra", no puxa-e-frouxa... uma loucura! Mas chegamos do outro lado (Tiquina) e fizemos um belo passeio pela estrada que vai margeando o lago até chegar em Copacabana.




O Sistema de travessia de balsa para Copacabana "é o caos!!!"


Paisagem da estrada que vai margeando o Lago Titicaca. Ao fundo os montes de geleiras eternas.



Trecho da estrada já com vista para Copacabana.

Chegamos em Copacabana e fomos atrás de hotel, mas tínhamos esquecido que era sábado de um feriadão emendado do ano novo. Não tinha vaga em lugar algum. Depois de nos dispersarmos em dois grupos e muito procurar, encontramos dois e até rolou um estressezinho, pois, no desespero, um grupo tinha empenhado a palavra em um hotel e o outro grupo achou um outro hotel que parecia melhor. Daí houve divergência, mas que serviu para lição: procurar hotel em turma, tem que ir todos juntos!

Naquele mesmo dia contratamos o passeio de barco pelas Ilhas da Lua e do Sol, procuramos outro hotel para mudarmos de manhã, jantamos uma boa truta (trucha ao ajo) e fomos dormir.

Acordamos bem cedo, trocamos de hotel e embarcamos para o passeio. O barco até que era seguro, mas os motores de popa dois tempos utilizados em quase todos os barcos soltam muita fumaça e, o problema, era que a aerodinâmica do nosso barco era desfavorável, fazendo com que toda fumaça entrasse pela cabine onde estavam os passageiros. Foi meio tóxico!

O passeio foi legal. Paramos primeiramente na Ilha da Lua e fomos conhecer uma ruína pré-incaica e depois subimos o morro, onde tem uma bela vista dos montes nevados de geleira eterna nos arredores de La Paz.




Ruínas de construções pré-incaicas da Ilha de la Luna.

Curiosidade: Tïticaca foi traduzido como "Pedra do Puma", combinando palavras da língua local Quechua e Aimará. Tem cerca de 8.300km² e situa-se a 3.821m acima do nível do mar. É o lago comercialmente navegável mais alto do mundo e o segundo em extensão da América Latina, superado apenas pelo Lago de Maracaibo na Venezuela, apesar desse último ser considerado por alguns, uma grande baía salobra devido à sua ligação direta com o oceano. O Titicaca tem uma profundidade média de 140 a 180m, e uma profundidade máxima de 280m. Mais de 25 rios deságuam no lago que tem 41 ilhas, algumas densamente povoadas. O lago Titicaca é alimentado pela água das chuvas e pelo degelo das geleiras que rodeiam o altiplano. O lago é o formador do rio Desaguadero, que corre para o sul através da Bolívia até o Lago Poopó, no entanto, este rio (desaguadouro) é responsável por menos de 5% da perda de água do lago, o resto fica por conta do processo de evaporação, promovido pelos ventos intensos e à exposição extrema à luz do sol nesta altitude.
 


Vista geral do Lago Titicaca desde a Ilha do Sol


Da ilha de la Luna fomos para a Ilha do Sol, onde almoçamos e passeamos pela ilha. Ela é muito bem estruturada, com pousadas, hostels, mercados e outras infraestruturas, que possibilita a presença e visitação de muitos turistas.







Para nós foi o ponto alto do Titicaca Boliviano, e até chegamos a uma conclusão: quando for ao Titicaca, não fique em Copacabana, fique na Ilha do Sol.

Voltamos o final da tarde, nos instalamos no novo hotel, que era muito mais confortável que o outro e, além disso, tinha o café da manhã, que não era oferecido pelo anterior.

Levantamos no outro dia e rumamos a Aduana de travessia da Bolívia ao Peru. Lá fomos a Puno e sua atração importante: as Ilhas Flutuantes de Los Uros.




As ilhas flutuantes de Los Uros são construídas sobrepondo juncos (lá o nome é "totora"), que é o mesmo material que utilizados na construção das embarcações típicas da região. Nessas ilhas vivem as comunidades tradicionais que vivem, atualmente, do turismo.




Na Bolívia o pessoal é gente boa, mas no Peru... a simpatia que eu tinha com esse País ficou muito abalada. Foi-se ao chão por um motivo bem específico: o Peru tem os policiais mais corruptos do mundo!!!! Desconheço outro país com policiais tão corruptos como os do Peru.

Por isso concluímos e vou explicar melhor no próximo post: NÃO VÁ DE CARRO AO PERU!!!!